Tudo aconteceu nesta pequena casa isso em entre 1979/80, não souberam dizer-me com exatidão o dia mas todos os makota lembravam-se da historia e dos factos. Isso ficou bem patente quando no dia 4 de abril do corrente ano (2011) voltei para lá, isso, trinta anos depois. fizeram questão de me recontar ponto por ponto aquilo que a minha mãe e os familiares já me haviam contando.
Cheguei na Banza e comecei a tirar fotografias despertando a atenção de todos que me viam, as crianças, correram na minha direção para serem captadas pela minha objetiva. Estava acompanhado do Gerson meu sobrinho e havíamos deixado a mama a saudar aos familiares. Então, caminhamos para aquilo que a intuição dizia ser a casa onde nasci e, enquanto andava ia tirando fotos, e no exato-momento que fotografei o chafariz fui abordado por alguns contas que descansavam a sombra de um arbusto. “Quem é o Senhor? algum problema? estamos a lhe ver a tira fotografias. O que é que se passa?” indagaram eles! ao que respondi “Eu sou o Kapitololo!” e o que aparentava ser o mais velho do grupo exclamou: “ O que é? quem? O meu Sobrinho? Você me conhece? Eu sou teu tio! Eram todos família e ai o tempo recuo…
Naquele dia quando acordei, não vi a mama e como a maior parte dos meninos da minha idade sai para as brincadeiras com os outros kandegues, foi também o dia em que a avo Joana não me levou a lavra como era costume e o Chiquito, não sei onde andava, portanto só tinha algo para fazer juntar-me aos outros petizes e fazer zaragatas e traquinices que eram a minha especialidade. Brinquei tanto que não vi o tempo passa ate sentir sede.
Corri para casa e encontrei uma folha por cima da mesa, lancei mão dela e “zás” engoli o liquido que lá havia sem me importava com o que seria; a mim parecia água e isso bastou. Estava sedento, e eu tive-se verificado e notado que era Kapuca, teria bebido na mesma e depois procuraria pela água, afinal não seria a primeira vez a provar o Kaporroto.
Depois desta cena, já não me lembro de mais nada que terá acontecido. Certo dia isso depois de uma terrível luta vi luzes no teto havia conseguido despertar, durante o meu sono eu ouvia vozes ao fundo e queria acordar mais não conseguia ate aquele dia em que via as luzes do teto, notei que e estava rodeado de alguns senhores e senhoras vestidos de branco e haviam tubos ligados ao corpo por meio de agulhas.
Os médicos haviam lutado durante três meses para me devolver a vida, havia saído quase morto de Banza-Quitelle para Catete, vim já em estado de coma. Afinal o que havia bebido naquele dia, não era nem Kaporroto, e nem Água, mais sim petróleo. Depois de ter ingerido o liquido maldito para o organismo, cai desmaiado e fiquei ai não sei quanto tempo ate que alguém me achou e saio correndo pedindo por socorro.
Desesperados e aos gritos, procuravam pela minha mãe “wawé o filipe morreuuuuu, Aliaaaaaa, teu filho bebeu petrolho e esta morto no chão da casa”, e nada dela. A mana Alia como era carinhosamente chamada a filha do velho Sebastião Camindo, falecido pastor da igreja Metodista, já havia ido para a casa do Kapuka, e, aquela hora do dia estava completamente bêbeda; mas a bebedeira passou dizem os Makotas. Correram comigo quinze Quilometro de Banza-Quitelle ate ao hospital de Catete onde fui socorrido.
Dai então o Kapitololo do kimbundu, “Ka – pitólólo ou pitrolho” isso é, o pequeno petróleo uma alusão ao facto de ter ingerido petróleo aos 4 anos de idade e sobrevivido,
Muito Bacana sua história e tal, todo lance do “Petrróleo” Cara! Deus tinha reservado um futuro brilhante pra ti por isso você sobreviveu a ingestão do líquido… Meu estimado Articulista Que as Bençõas de Deus te Acompanhem a cada dia mais e mais infinitamente até que possamos nos encontrar no céu pra eu poder te dar um abraço….
Que Deus te Abençoe.
Tato
Obrigado e muito sucesso para ti também.
Graça e Paz
Tens até aqui uma grande missão para cumprir neste mundo material, por isso Supremo Deus te consedeu uma permissão para viveres de novo. Não facíl ingerir o petroleo numa distancia de 15 klms imaginem quando tempo levou para atingires o hospital onde foste socorrido»? Deia Graças a Deus porque ele te usou como seu instrumento e para servir na obra Dele boa sorte e boa missão Deus te cuide para sempre.
Filipe, essa Banza e as suas origens, como sempre mais um “homem” é o personagem da estória real de sua vida, Deus continue a aumentar mais anos nos teus anos de vida, que por pouco perdeste aos 4 anitos, Kapitololo