Arquivo de etiquetas: plateia

Ludmila Ferber e Dorcas Kaja agitam plateia

Show Gospel
Ludmila Ferber e Dorcas Kaja agitam plateia

Luanda – As grandes atracções internacionais do concerto gospel “Angola Louvando a um só Deus”, Ludmila Ferber (do Brasil) e Dorcas Kaja (do Congo Democrático), diante desse grande concerto que visou agradecer a Deus pelas eleições no país, conseguiram levar a plateia angolana ao “rubro”.

Ludmila Ferber e Dorcas Kaja, cantoras que muito predominam nos palcos do cristianismo na América e na África, num concerto intenso, com som e luz de qualidade, puderam mostrar aos presentes que o importante é “louvar a um só Deus”.

Dorcas Kaja começou com um dos seus grandes sucessos “Tu es le Seigneur”, seguindo-se o tema “Il est bon de louer Dieu”. Assim, a cantora congolesa, mostrou que nas “leads” da música gospel a nacionalidade não importa, apenas o saber exaltar.

Dorcas interpretou ainda temas desconhecidos pelo seu público, apresentando assim as suas últimas novidades aos amantes da música gospel.

De joelhos no relvado, rostos prostrados para o chão em sinal de humilhação e mãos levantadas ao céu, o público presente no Estádio da Cidadela Desportiva cantava e orava a Deus numa só voz, isso, independentemente da denominação religiosa.

Ludmila Ferber, levita brasileira mas com raízes israelita, em palco, procurou primeiramente exortar o povo no sentido de confiar e buscar mais a Deus.

Com o seu grande tema “Nunca pare de lutar”, Ludmila Ferber estimulava as pessoas no sentido de diante das situações, nunca retrocederem ou temerem.

Assim, Ludmila Ferber prosseguiu cantando temas que a levaram a internacionalização. Sob forma de canção, a levita orava para o povo e para a nação angolana.

O concerto contou também com a participação de músicos angolanos como Elyon, Lioth Cassoma, Irmã Sofia, Bambila, Miguel Buila, Sol de Jesus, Guy Destino, Banda Exodo, Grupo Sarom e David Elonga.

Uma outra surpresa da noite foi o músico angolano Voto Gonçalves, que nos últimos tempos tem se alistado também na composição de músicas cristãs.

Numa organização do Grupo Abiatar, o evento contou com o patrocínio da TAAG, Igreja Ministério de Fé e Libertação (MFL), Hotel Tropicana, Five Lda, Diferreira e Rádio Vial.

Esta é a primeira edição do “Angola Louvando a um só Deus”.

angop//

Cabo Verde precisa ter uma língua internacional”

Adriano Moreira

Além do crioulo, Cabo Verde precisa ter uma língua internacional”

 

Adriano Moreira, o professor de relações internacionais considerou, a propósito da conferência “Reflectir Cabo Verde” e de uma pergunta sobre as consequências em adoptar o crioulo como língua nacional oficial, que “Cabo Verde terá de escolher sempre outra língua para comunicar com o mundo”.

 

Embora esta dicotomia não fizesse parte de qualquer painel, o crioulo como língua cabo-verdiana, foi trazido ao debate através das perguntas de dois jovens da plateia da conferência internacional “Refletir Cabo Verde.

Adriano Moreira referiu que “há vários países que têm duas línguas, como a Guiné espanhola. Já antes Corsino Tolentino tinha feito referência ao crioulo como uma língua “mais ampla” do que Cabo Verde numa alusão a outros crioulos existentes.

“A língua portuguesa pertence-nos, a língua materna pertence-nos. Precisamos ambos de utilizar a língua portuguesa como língua internacional, pela sua sistematização e elevado desenvolvimento”, disse.

Sobre a língua cabo-verdiana, referiu: “é pô-la a nível discursivo cada vez mais alto. Continuamos a bater-nos para a igualdade de facto e de direito”.

Vladimir Brito, que falou da constituição e da democracia, tinha também feito uma referência aos diferentes crioulos existentes nas ilhas e na dificuldade da sua escrita e escolha.

O “pai” da Constituição cabo-verdiana, professor de Direito na Universidade do Minho e com responsabilidades em importantes Institutos e missões no campo do Direito, referiu que “a democracia deve ser repensada. Tem de haver outros mecanismos mais modernos na esteira da democracia!”.

Adriano Moreira na sua intervenção no painel, abordou a lusofonia no enquadramento internacional e na sua relação de uma herança não só linguística. “Falamos todos português, temos afinidades, mas também de postura humanista que, nas suas diferenças, a torna singular”.

Alertou para as mudanças que se estão a operar no mundo, com novas identidades emergentes.

E a propósito de identidades o deputado Ribeiro e Casto lembrou que não há só uma identidade europeia, como não há só uma identidade africana. A identidade de Cabo Verde “é diferente” e essa diferença “é a sua identidade e riqueza do seu capital. O futuro estratégico de Cabo Verde passa por valorizar o seu espaço em África, mas potenciando as outras pertenças e espaços”, disse.

A semana